BEM VINDO ESTRANGEIRO!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

IV Conto - Luciferator e o Beholder

Luciferator era um meio elfo, sua mãe era uma humana e seu pai um elfo negro, ou drow como também são conhecidos. Seu pai se chamava Dwornn e comandava uma das minas de escravos do Limbo que era conhecida por gruta do lamento, devido à grande quantidade de escravos que abrigava, onde os gritos dos escravos se faziam ouvir ecoando pelas paredes.
 Sua mãe era uma humana, escrava das minas, e Luciferator era mais um de inúmeros filhos que os soldados drows tinham por ali. Nas festas da guarda, era comum a presença de escravas para satisfazer os soldados. E isso resultava em várias escravas grávidas. Os drows viam isso como uma coisa vantajosa, já que logo que tinham idade o suficiente as crianças já eram lançadas no trabalho pesado. Os drows não se importavam se eram sua cria ou não, sendo assim poucas crianças chegavam até a idade adulta.
 E Luciferator foi uma dessas crianças, era forte, e conseguiu sobreviver. Trabalhou a vida toda na mina. Uma noite os guardas trouxeram mais um escravo para sua já apertada sela. Este estava com o corpo muito machucado, aparentava ser muito velho, sua barba branca estava manchada de sangue e ele gemia sem parar.
 O jovem elfo se aproximou e tentou ajudar o velho, limpando seus ferimentos e dando um pouco de água para que bebesse. Após algum tempo o velho conseguiu juntar um pouco de força e agradeceu o jovem, disse que se chamava Noslen, e era um clérigo de um dos templos dedicados ao deus Cruine, e que fora capturado por soldados orc's que estavam sobe comando de Dwornn. O clérigo disse que queria agradecer pela ajuda e pediu que Luciferator segurasse sua mão, meio com receio o jovem pegou as mãos de Noslen, e foi arrebatado por um estranho poder.  Seus olhos ficaram brancos e varias imagens começaram a invadir sua mente, era como se ele visse tudo o que o clérigo tinha visto antes de chegar ali. Ele viu pela primeira vez a Terra Perdida, sentiu o vento e a luz do sol, nada de escuridão e correntes. Adquiriu também todo conhecimento para poder sair das minas. Viu que o único modo de sair das minas era usando um olho de Beholder.
 O Beholder é uma criatura horrível, seu corpo é formado de apenas um olho enorme e uma boca assustadora com dentes afiados, sua cor pode variar de acordo com a região em que vive. No topo de sua cabeça ficam tentáculos, que em suas pontas exibem os olhos de poder. Cada olho tem um tipo de poder. Raios elétricos, raios de gelo ou de fogo.
 A mina do lamento tinha como guardião um Beholder negro, um de seus olhos tinha o poder de conjurar portais mágicos, sendo assim ele controlava a entrada e a saída de quem fosse da mina. Os portais eram a única saída da mina.
  Depois de passar esse conhecimento para Luciferator, Noslen morreu.....

CONTINUA...

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

III Conto: Master Killer

Certa vez ouvi dizer que havia uma pessoa capaz de fazer os mortos andarem. Até ai tudo bem, já que necromância não era novidade para mim. Mas o fato é que ele usava seus poderes somente em beneficio próprio. Se aproveitando da ignorância de camponeses humildes.
 Conheci sua fama certa tarde em uma de minhas andanças, estava em uma cidade  cantando e tocando meu alaúde para arrecadar algumas moedas para poder jantar e me abrigar. Uma senhora se aproximou e me pediu que contasse uma história sobre aquele que dava vida aos mortos. Ela ficou espantada em descobrir que um bardo velho como eu, nada sabia do tal homem.
 Fiquei curioso em conhecer os métodos usados por essa figura misteriosa, e conseguindo algumas informações, logo sabia onde o encontrar. Segui alguns dias rumo ao uma vila de criadores de porcos, e logo vi uma movimentação estranha. Chegando perto notei que havia um corpo caído no chão, e se destacando dos demais presentes, um elfo que proferia algumas palavras mágicas .
 Master Killer era um elfo dourado, uma das raças mais arrogantes de todo o mundo conhecido.  Tinha uma aparecia sombria, com roupas pretas e botas de couro de mastins. Os cabelos compridos lhe caiam no rosto magro e pálido, enquanto sussurrava algumas palavras no ouvido do cadáver. Depois de um tempo ergueu as mãos em cima do morto, e uma estranha energia de cor azulada escorria de seus dedos, penetrando no corpo sem vida.
 Então houve silêncio, e depois de algum tempo o morto abriu os olhos, se levantou e de pé permaneceu sem dizer nada, somente observando a multidão. Seus parentes perguntavam ao mago a razão do seu estado de estagnação, e o elfo respondia que era normal, era um tempo de readaptação do espírito com o corpo, que em um ou dois dias ele já estaria normal.
 Depois disso, Master Killer cobrou seu preço, levando o pouco dinheiro que a família possuía, dois barris de vinho, e alguns porcos. Feito isso, subiu em seu cavalo e partiu.
 Permaneci ali mesmo para descobrir o que iria acontecer com o homem que vivia pela segunda vez. O homem realmente andava, mas era um andar arrastado e seu olhar parecia perdido, dava algumas voltas e parava por um longo tempo novamente. E não foi surpresa que no final do segundo dia, o corpo se desfez, sobrando apenas uma pilha de ossos, carne podre e vermes.
  De certa forma, já esperava por isso, conheço magia necromante quando vejo. E essa era uma bem fraca, somente de reanimação de cadáver, mas as pessoas daquele lugar não têm muito contato com o que acontece no mundo e não é comum magos reanimando corpos por ali. Por isso achavam que o enganador era um tipo de enviado dos deuses, e que era justo lhe pagar tributo por tal feito.
 Resolvi então seguir seus rastros para conhecer essa sombria figura...

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

II Conto : IRO MACCOY

 
Vou contar o inicio da historia de um dos maiores guerreiros que já viveram na Terra Perdida.
  Iro era filho de camponeses que viviam perto das terras de Ludgrin, ao sul de Levania, sendo essas, terras costeiras e perigosas, pois eram freqüentemente usadas por foragidos e por habitantes do Limbo em suas buscas por ouro. Mesmo assim, os Maccoy tinham uma vida pacata, não se preocupando com o perigo que os rodeavam, viviam rendendo graças à deusa Maira –Vet, q os favorecia com grandes colheitas todos os anos.
  Com sete anos Iro conheceu o que a mão da maldade podia fazer. O inverno se aproximava e na intenção de agradar seu pai, Iro saiu pela mata a procura de boa lenha, para estocar no tempo de frio. Passou o dia nessa tarefa, e quando voltou não podia acreditar no que via. Sua casa estava em chamas. Desesperado o garoto correu para ver o que estava acontecendo, e quando se aproximou viu que um grupo de ladrões estava se divertindo, enquanto pilhavam tudo de valor. O que não era muita coisa.
   O pequeno se aproximou com cuidado para não ser notado, mas ao ver os corpos de seus pais e de seus irmãos pendurados em uma árvore,o garoto não conteve o grito da tristeza que sentia. Acabou sendo descoberto.
   Neste momento os ladrões já estavam embriagados, e acharam uma boa idéia se divertir com o garoto. Iro foi espancado e torturado durante toda a noite, quando o dia nasceu, o grupo levantou acampamento e acreditando que o menino estava morto, deixaram seu corpo para os corvos e lobos.
   Já era noite quando um viajante que passava por ali encontrou Iro e notou que ainda tinha vida no pequeno.
   O viajante se chamava Thornn, e era um guerreiro mercenário, trabalhava para quem pagasse seu preço, muitas vezes com ouro e prata, e às vezes com mulheres e animais.
   Thornn cuidou de Iro e fez do garoto o seu aprendiz. E ele aprendia rápido, e à medida que ia crescendo, Iro se tornava cada vez mais forte e hábil.
   Com dezenove anos, Iro viu seu tutor cair em combate, os dois enfrentavam um grupo de orcs, e Thornn foi ferido mortalmente por uma das feras. Mesmo abalado, Iro derrotou os orcs, e jurou ao seu mestre continuar o seu legado.
   Ao longo do tempo contarei muitos feitos desse bravo guerreiro e como o conheci...


I Conto : Saudações


  A Terra Perdida é uma vasta região situada entre o reino da Elite, conhecida como Vargnia e o Limbo sombrio, onde o mal e o ódio se escondem por trás de cada pedra, por trás  de cada galho de árvore. Mas lhes contarei sobre esse maldito lugar em uma hora mais oportuna.
 Por hora meus amigos, vou contar sobre o vivi na Terra Perdida, sobre todos que conheci. Seus feitos e suas aventuras, suas batalhas e seus amores. Tudo o que minha velha memória conseguir se lembrar.
  Lembro de como me senti quando meus olhos puderam ver pela primeira vez a grande montanha de três picos, que apesar de todas as lendas e maldições que cercam aquele lugar, continua a encantar os viajantes e a despertar a aventura nos corações dos jovens. E aos pés da montanha toda beleza da natureza da Terra Perdida, seus vales, suas planícies, seus rios e vilarejos. Peguei-me admirando a imponência de suas florestas, e compreendi o motivo da grande quantidade de elfos que viviam por essas terras.
  Mesmo com tamanha beleza a Terra Perdida também era um lugar de perigos, sua fronteira com o Limbo não era um lugar de muito fácil acesso para bípedes em geral, o que não impedia todo tipo de criaturas que habitavam aquelas terras de trazerem o caos e a desordem para essas bandas.
  Meu nome é Icarus, e sou um contador de histórias, um bardo se assim preferir. E por algum tempo, contarei aqui histórias que vivi neste fantástico lugar.
  Bem vindos a Terra Perdida meus amigos!